Guajará Mirim 29 de outubro de 2021.

O Comitê de Defesa da Vida Amazônica na Bacia do Rio Madeira, coletivo binacional articulado e formado pela união de cidadãos e organizações da sociedade civil do Brasil e da Bolívia, se reuniu no último dia 29 de outubro na cidade de Guajará Mirim para mais uma articulação do projeto Pela vida, Caminhamos Juntos na Bacia do Rio Madeira.

O início da reunião se deu com arte, o coordenador do projeto, Iremar Ferreira, tocando violão e cantando a música Pra não dizer que não falei das flores de Geraldo Vandré, que lembra um momento de luta da história brasileira.


Na reunião foram compartilhadas informações dos lugares vistoriados pela coordenação técnica, sendo elas, casa de farinha, escola e moradia no ramal do Seringueiro que terá contrapartida da comunidade na perfuração do poço amazônico e instalação da caixa de água, já em andamento.

Na Associação dos Açaizeiros foi constatada impossibilidade de receber o sistema agora porque não tem a agroindústria em condições de uso, embora tenha um poço profundo cavado a mais de dez anos.

Na aldeia Laje Velho na casa do senhor Valdemar Oro Nao tem um poço amazônico que atende cinco famílias e esporadicamente alunos da escola nas proximidades. Os parentes assumiram compromisso de levantar estrutura da caixa como contrapartida.


No distrito do Yata na sede da associação dos pescadores e agricultores familiares agroextrativistas dependem de água do sistema de abastecimento e pagam tarifa alta devido irrigação de área produtiva comunitária e ficaram contentes com a possibilidade e se comprometeram em perfurar um poço até dezembro.

Já em Nova Mamoré foi efetuada visita na Escola Municipal Eduardo Valverde, sob a orientação do diretor Zilmar o qual expôs o desafio de atender a escola e os moradores do bairro periférico que não tem água no período de verão amazônico e com isonomia custo fica alto e inviabiliza o atendimento a comunidade e que com um sistema solar de captação de água fortaleceria o papel da escola.

Na Vila do Araras foi feito um diálogo com dona Cida e Thaís membros do MAB as quais apresentaram o desafio de ter água potável na localidade devido grande índice de contaminação do lençol freático e que só uma unidade de tratamento pode resolver a situação, ficando claro que só um sistema solar de captação de água não resolveria o problema. Dessa forma identificamos quatro (4) sistemas possíveis de serem instalados e cujo procedimento de levantamento de preços encontra-se em andamento pela coordenação técnica do projeto. 



A coordenação do projeto no lado boliviano também apresentou como está o andamento da identificação de demanda e análise técnica junto à comunidade de Cachuela Esperanza e Mamoré para instalação de sistema de bombeamento de água e biodigestor.

Ainda no encontro foi colocado em debate os Direitos dos Rios para fortalecer um tema que vai perpassar a ação do COMVIDA, com exemplos de leis já aprovadas no Brasil e fora dele.

Na manhã seguinte a coordenação foi convidada a inauguração da Casa de Farinha no ramal dos Seringueiros e para anunciar o benefício que o COMVIDA via ASAEX vai fazer chegar até está comunidade.



O projeto Pela Vida, Caminhamos Juntos na Bacia do Rio Madeira é composto por moradores dos municípios de Porto Velho, Nova Mamoré, Guajará Mirim, vila do Iata, lado brasileiro e Guayaramerin, Riberalta e Cachuela Esperanza, Primeiro de Maio e Baranquilha, do lado boliviano, que lutam pela não construção de grandes hidrelétricas no rio Madeira.

O projeto tem como colaborador o Núcleo Rondônia do Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental e os apoiadores Misereor e Diocese de Guajará Mirim.


Apoio:

                                  



   


       



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